“Escrevo aqui no presente para que no futuro seus olhos possam lembrar de mim, quando sua mente me esquecer” (Bob Marley)

domingo, 14 de agosto de 2011

...O que vc quer?


Quer viver o que comigo? Antes de responder melhor pensar direitinho. A depender do que você responda a minha resposta pode anular a sua. Frustração? Quem sabe. Raiva? Talvez. Toda reação é possível se num mar de possibilidades está aquilo que você não espera ter como resultado do que você procura.
Não sou um “ser metade”, portanto, não sou mulher de viver percentuais. Vivo o todo. Comigo não tem meio termo: ou é, ou não é. Como diz alguém que conheço, não combina comigo o que se chama de “meia boca”. Ou é “boca inteira” ou nem chegue perto. Quer passar meio dia? Meia hora? Meia tarde? Meia noite? Esqueça! Primeiro que eu não passo. Eu venho e fico. Sou inteira até na auto-estima. E no meio de tantos “nãos”, anota aí: também não sirvo pra ser a outra.
Se não estou no comando posso até mesmo apagar desejos, passar por cima de  sentimentos, mas viver pedaço e me prestar a “tapar buracos” não faz parte da minha obra.
Quer viver o que comigo? Se entendeu a primeira parte, passou no teste da inteligência básica. Nesse caso, melhor mudar a pergunta para “quer viver DE que comigo?” De amor não é a resposta. Só de amor, não é a resposta.
Sou pessoa de encarar o medo, o perigo de frente. De me encantar com desafios, com o novo. Sou do tipo que aceita todas as surpresas hormonais que a mulher tem mensalmente, uma hora quero um toque manso, noutra quero um gesto brusco, forte, mas decidido. Nesse sobe e desce, me pego olhando o doce menino e no momento seguinte o cafajeste da novela das 23 horas.
Tem que ter atitude, saber a hora certa de entrar em cena e como entrar na cena. Fazer a diferença, fazer diferente. Surpreender, decidir, dividir, somar, multiplicar. Para isso tudo não precisa só de amor por amor, mas de amor por si mesmo, antes de alimentar o sentimento pelo próximo. Portanto não é só de “amorzinho” que uma história se escreve. O que é preciso é o amor do todo, do global. Daqueles que superam tempestades, abalam estruturas e que não criam expectativas, apenas. Mas fazem da vida a dois uma sequência de cumplicidade silenciosa e vitoriosa.
Difícil? E já teve alguém que falou que viver seria fácil? Imagina o que é descobrir alguém pra conviver com você e fazer de duas histórias distintas a convergência de uma só.
Se não dá pra ser inteiro, metade não permito ser. Ficar com alguém só pra preencher lacuna, vazio ou requisito social, não combina com alguém que se basta. Me assusta e entristece essa coisa de ter que ter sempre uma companhia. Quem não se ama não tem como ser amado integralmente.
O que você quer viver com você? O que você quer DE você?
Por Tina Serafim

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