“Escrevo aqui no presente para que no futuro seus olhos possam lembrar de mim, quando sua mente me esquecer” (Bob Marley)

quinta-feira, 30 de junho de 2011

...Lily Allen

Oh he treats me with respect
He says he loves me all the timeHe calls me 15 times a dayHe likes to make sure that I'm fineYou know I've never met a man who's made me feel quite so secureHe's not like all them other boysThey're all so dumb and immature
There's just one thing that's getting in the way
When we go up to bed you're just no goodIts such a shameI look into your eyes I want to get to know youAnd then you make this noise and its apparent it's all over
It's not fair
And I think you're really meanI think you're really meanI think you're really meanOh you're supposed to careBut you never make me screamYou never make me scream
Oh it's not fair
And it's really not okIt's really not okIt's really not okOh you're supposed to careBut all you do is takeYeah all you do is take
Oh I lie here in the wet patch
In the middle of the bedI'm feeling pretty damn hard done byI spent ages giving headThen I remember all the nice things that you ever said to meMaybe I'm just overreacting maybe you're the one for me
There's just one thing that's getting in the way
When we go up to bed you're just no goodIt's such a shameI look into your eyes I want to get to know youAnd then you make this noise and it's apparent it's all over
It's not fair
And I think you're really meanI think you're really meanI think you're really meanOh you're supposed to careBut you never make me screamYou never make me scream
Oh it's not fair
And it's really not okIt's really not okIt's really not okOh you're supposed to careBut all you do is takeYeah all you do is take
There's just one thing that's getting in the way
When we go up to bed you're just no goodIt's such a shameI look into your eyes I want to get to know youAnd then you make this noise and its apparent it's all over
It's not fair
And I think you're really meanI think you're really meanI think you're really meanOh you're supposed to careBut you never make me screamYou never make me scream
Oh it's not fair
And it's really not okIt's really not okIt's really not okOh you're supposed to careBut all you do is takeYeah all you do is take

segunda-feira, 27 de junho de 2011

...

“De um lado a razão exigindo. De outro o coração tentando. 
A verdade é que nem tudo sai como o planejado. Mas a gente tenta."


"Um amigo meu me disse que fica surpreso como eu racionalizo os sentimentos. 
Eu perguntei se falava de mim. Acho que sofro calada. Calada. Maquiada. 
E de salto alto. Mas manter a pose cansa. Cansa ser racional. 
Cansa enganar o coração. Cansa ser forte. 
A verdade é que hoje eu vi um urso que você me deu e quase chorei calada. 
Porque é feio chorar por amor perdido. Mas… quer saber? Estou com sinusite. 
E não estou nem aí para escrever bonito. 
Quero respirar de novo e amar alguém como um dia eu te amei. 
Alguém aí acredita em segundo amor?” 

Fernanda Mello

quinta-feira, 23 de junho de 2011

...Carta de desamor

Me desculpe por ter tomado a iniciativa. Me desculpe por ter escrito. Me desculpe por ter ligado. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe por ter dito sim. Me desculpe por ter gemido. Me desculpe por ter gozado. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe pelos machucados que sua ex deixou em você. Me desculpe por eu ter vindo logo atrás dela. Me desculpe por querer entender seu silêncio. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe por eu não ter usado máscara. Me desculpe por desejar alguma intensidade. Me desculpe por desejar. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe pelo que foi ruim. Me desculpe pelo que foi bom. Me desculpe pelo atrevimento de supor que eu merecia o que de bom aconteceu. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe por eu ter tirado a roupa. Me desculpe por eu ter mostrado meu corpo. Me desculpe por eu ter gostado de mostrar meu corpo. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe por eu ter escrito coisas lindas para você. Me desculpe por você não ter entendido um terço do que eu escrevi. Me desculpe por você ter me achado ousada demais. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe por, em algum momento, eu ter te amado. Me desculpe por, em algum momento, eu ter te achado bonito. Me desculpe por, em algum momento, eu ter me achado bonita. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe pelos seus erros de português. Me desculpe pelos erros de português da sua nova namorada. Me desculpe pela sua nova namorada achar margarida uma flor pobre. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe se minha cor preferida é verde. Me desculpe por torcer para o Palmeiras. Me desculpe se uma barata entrar na sua cozinha algum dia. Me desculpe pelos 130 km de congestionamento em São Paulo agora. Me desculpe por eu ter voz.
Mas, sobretudo, me desculpe por pedir essas ridículas, inúteis e dolorosas desculpas. Que, naturalmente, não são para você, afinal, porcos não reconhecem pérolas.



A colunista Stella Florence tem espaço semanal no site de Criativa. Stella é escritora, autora de 'Hoje Acordei Gorda' e de 'Ciúme, Chulé e um Apelido Ridículo', entre outros livros

segunda-feira, 20 de junho de 2011

...amor, amizade, amizade, amor... sentimento de verdade.

“Em tempos em que quase ninguém se olha nos olhos, em que a maioria das pessoas pouco se interessa pelo que não lhes diz respeito, só mesmo agradecendo àqueles que percebem nossas descrenças, indecisões, suspeitas, tudo o que nos paralisa, e gastam um pouco da sua energia conosco, insistindo.”

sexta-feira, 17 de junho de 2011

...Obviedade do amor

Não sou mulher de rosas. Já disse de saída, no primeiro encontro, nem recordo a razão. Mas disse, naquele meu velho estilo metralhador de moços com olhos de promessa. Sei que disse, com meus reflexos ariscos de cão sem dono sempre buscando receosa a moeda de troca para qualquer elogio, a vigésima quarta intenção por trás de um rosto abandonado. Eu não queria ser mais uma na sua cama, por isso disse não gostar de rosas, tampouco das vermelhas, pra me afastar da obviedade do amor. Não sabia como, mas queria que você me notasse diferente de todas as outras.

E quando chegou o menino, com um chinelo de dedo verde e o outro pé com cor divergente e a tira desgastada, por entre as mesas cheias de casais que há tempos conjugavam suas relações com pronomes plurais e fofinhos, agarrado no balde vermelho transbordando rosas apaixonadas, bem, eu tremi as mãos e descobri o quanto era difícil engolir um escalope de alcatra, mesmo ao molho de vinho tinto.E o menino pra você "esta linda morena não merece rosas vermelhas?". E você pro menino "não, obrigado". E levando mais um garfaço de escalope à boca, que bem podia perder o rumo e perfurar sua garganta, vai que por ali esguichasse alguma sensibilidade. E enquanto você sorria irônico dizendo "que bom que você não é mulher de rosas porque eu não desembolsaria cinco reais num troço que morrerá amanhã", eu só pensava que sua resposta correta pro menino sujinho com olhos bolivianos e famintos seria "sim, ela merece rosas, todas as rosas de todos os jardins botânicos da face terrestre, mas não, obrigado". Mas poderia ter sido pior, você poderia ter perguntado se o bolivianinho tinha fome, coisa que traria uma certeza obsessiva de que meu filho deveria nascer com sua barba cerrada recheando a covinha do queixo de qualquer maneira.Clichês de amor são como venenos pra minha ingenuidade. Taí meu motivo de desconversar sobre rosas vermelhas, não importa se custam cinco ou mil reais ou morrem amanhã ou nunca mais. Rosas ou qualquer outra porra de amor, um livro, uma ligação, uma música, uma metáfora que o fizesse lembrar de mim ao menos concretariam meu chão, que quanto mais escorregadio, mais irresistível ficava grudar em você. Amar é um pouco fingir, por isso fiz tanta questão de dizer que sua mão sufocava a minha ou que não fazia seu tipo de mulher ou que não tava nem aí se você subisse pra um café na cama.Mesmo assim, hoje senti uma puta falta sua, da sua pontualidade física, de todo bem que aquele maldito furinho no queixo me faz quando chegam juntos os fios de dois ou três dias. Eu não sei se rosas vermelhas ou qualquer metáfora que leio em livros-mulherzinha podem resumir o amor, mas quando penso em amor, vejo que ele deve ser transformador. Depois de você, eu mudei, isso é fato e como aconteceu ou quanto durou, não importa. Você pode seguir do outro lado da cidade sem me ligar e eu ficar aqui, arrastando o sofá até a porta pra que você não possa voltar. Mas agora tanto faz, as rosas morrem mesmo sem dedicar cinco reais ou sua vida inteira.A grande ironia disso tudo é que continuo tentando pensar no amor como metáforas cheias de flores ou ausentes delas, lendo filósofos e poetas capazes de defini-los. Bem ou mal, eu vivo com ou sem você, mas o grande inconveniente é que o amor não pode ser medido sem os assobios irritantes enquanto você fazia xixi de porta aberta ou ficava horas fazendo coisas no seu maldito computador, ouvindo Morrissey ou Marvin Gaye. Se você vai, o amor vai junto e tudo volta a ser como era antes. Com ou sem rosas vermelhas, a presença é a obviedade do amor.

Gabito Nunes

quinta-feira, 16 de junho de 2011

...

Não adiantou ser príncipe. Sim, não é isso que ela quer como modelo de homem pra sua vida. Não adiantou ser educado, independente desde os 17 anos, falar 3 idiomas, vestir as melhores grifes, ter doutorado ou mestrado. Pra ser bem sincero ela nem reparou em nada disso. Jantares, flores, mimos, não foram o suficiente. Atenção, compreensão e cautela, também não. Dei um tempo, sumi, desejando que toda saudade dentro do meu peito fosse sentida e demonstrada de alguma forma por ela e não por mim. Tudo em vão. Quando reaparecei, com a desculpa de que andava muito ocupado e não queria estressa-la com problemas pessoais, apenas me tratou com aquele tom de "Poxa, você sumiu?!", aquele que agente usa pra alguém que apenas sumiu mesmo mas, não deixou saudade. Decepcionado e intrigado, resolvi me olhar no espelho afim de, procurar em mim algo que ela gostasse. Lembrei então do cara que 1 dia ela disse que amou e também procurei ele em mim. Fiquei feliz por não encontrar o talzinho marrento, tatuado, mal educado, falador de gíria. O tipinho é desses que desfila com piriguete do lado e se acha o máximo. Deve ter concluído o ensino médio no supletivo, se é que concluiu. Contudo, foi ele que atraiu o coração dessa menina-mulher que tanto me encanta. Ela é linda, simpática, inteligente, articulada, engraçada, educada, fala 2 idiomas, nivel superior. Olhando assim, é a minha cara-metade, a cereja do meu bolo, o plus que faltava em minha vida. Acho que preciso reclamar ao fabricante, o coração dela veio com defeito. Não, não pode ser eu a pessoa errada. Nem o tatuado o cara certo. O defeito é de fábrica. É algo que em nenhum manual ou idioma vou encontrar a resposta. Não existe chave, não existe senha, não existe código, não existe mágica. Apenas a pergunta cabal: Como me entender com a mulher que eu tenho certeza, foi feita pra mim?


Recebi 1 e-mail com esse texto... de alguém mto mto mto especial... mtoooooooo especial! =*